A Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) pretende recrutar para o seu quadro de pessoal um (1) Consultor – Assessoria de Género.
Breve Descrição da Organização
A Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) é um grupo de agências de desenvolvimento trabalhando nas áreas Económica, Social e Cultural, sobretudo na Ásia e África. A Fundação Aga Khan (AKF) é uma agência da AKDN, criada em 1967 por Sua Alteza, o Aga Khan, que promove soluções criativas e eficazes para problemas que impedem o desenvolvimento social e económico em áreas selecionadas da África e Ásia. A AKF possui filiais e afiliadas independentes em mais de 15 países.
A Fundação Aga Khan Moçambique, AKF (Moz), é uma agência de desenvolvimento internacional, e sem fins lucrativos, que está presente em Moçambique desde 2001. Os seus programas apoiam a melhoria sustentável da qualidade de vida de populações desfavorecidas Moçambique e incluem intervenções nas áreas da saúde, educação, agricultura, desenvolvimento da primeira infância, empreendedorismo e mercados, inclusão financeira (poupanças comunitárias), sociedade civil e governação local.
A igualdade e a equidade de género e o empoderamento das mulheres estão no centro do trabalho da AKF (Moz) e a organização procura recrutar um serviço de consultoria para Assessoria de Género altamente experiente para se juntar à equipa dos projetos de “Coesão Social Comunitária (CSP-COESO Fase II): Reforço da Coesão Social em Cabo Delgado e Niassa” e de “modernização do Instituto Agrário de Bilibiza, Campus de Ocua, Fase II”.
Sumário dos Projectos
Projecto CSP – COESO II
O Projecto CSP-COESO II insere-se no Instrumento Europeu que contribui para a Estabilidade e Paz (IcSP) e é uma iniciativa da Fundação Aga Khan no Norte de Moçambique e parte de um extensivo portfólio da Sociedade Civil de esforços com vista à melhoria da vida das comunidades rurais. O Projecto tem como objectivo de longo prazo a melhoria da vida das famílias nos distritos de Chiure, Metuge e Montepuez em Cabo Delgado; e Marrupa e Majune em Niassa e tem nos Comités de Desenvolvimento de Aldeia (CDAs) uma porta de entrada nas comunidades e usa uma abordagem centrada no respeito pela diversidade sócio-cultural; participação e organização comunitária; acções integradas e parcerias.
O projecto tem desde 2019 abordado os factores que impulsionam e atraem o extremismo violento e teve resultados promissores no sentido criação da coesão social no distrito de Metuge, Cabo Delgado. Em Novembro de 2022 iniciou a segunda fase coma duração de 18 meses e implementada num consórcio cosntituído pela Fundação Aga Khan (AKF), a Associação PROGRESSO (PROGRESSO), e a The Network for Religious and Traditional Peacemakers (Rede de Pacificadores Religiosos e Tradicionais-NRTP) representada pela Finn Church Aid (FCA). Entre os principais êxitos e aprendizagens da fase I que continuarão a ser testados e explorados nesta segunda fase incluem-se:
- As comunidades com Comités de Desenvolvimento de Aldeias (CDAs) são mais organizadas e coordenam acções tanto dentro das comunidades como com parceiros externos em termos de tomar medidas sobre os seus próprios desafios de desenvolvimento, apropriando-se das suas prioridades e tornando-se parceiros no desenvolvimento local em vez de beneficiários de apoio ou ajuda. Isto é evidenciado na resposta dos CDAs no distrito de Metuge após o afluxo de deslocados internos, e na forma como identificaram agregados familiares que alojariam temporariamente deslocados internos, bem como atribuíram terras a deslocados internos para abrigo temporário e produção agrícola. Outras OSC e ONG procuraram apoio de CDAs em áreas em que estavam a planificar a criação de associações e grupos de construção da paz.
- O governo local reconhece e enaltece o valor e a importância dos CDAs e das comunidades. Isto é evidenciado pela decisão do Administrador Distrital de Metuge de incluir representantes de CDA nas reuniões mensais do orçamento, a fim de solicitar as suas opiniões e alinhar as actividades. Além disso, o Administrador do Distrito de Metuge solicitou activamente a outras ONGs e OSCs que se envolvessem com os CDAs presentes em Metuge. Como resultado dos seus conselhos, a Organização Azul, Save the Children e Action Contre la Faim comprometeram-se com estas estruturas locais.
- Os jovens e as mulheres sentem-se mais capacitados e ouvidos dentro das suas comunidades, e as perceções sobre a juventude/mulheres estão a melhorar na sequência do seu envolvimento.
Esta fase procurará explorar a capacidade de mulheres na prevenção de gestão de conflitos.
Projecto [GM1] de modernização do Instituto Agrário de Bilibiza, Campus de Ocua, Fase II (IABil/Ocua)
O Projecto IABil/Ocua insere-se no programa estratégico de parceria entre a AKF e a Embaixada da Noruega que procura aumentar a segurança alimentar e a resiliência económica das comunidades em Cabo Delgado. O Projecto tem como objectivo de longo prazo o de, na base das realizações e sucesso da Fase I, continuar a promover ama maior disponibilidade de técnicos agrícolas de nível médio bem treinados e melhorar os meios de subsistência dos pequenos agricultores. O projecto atingirá este objectivo através de cinco componentes que se reforçam mutuamente:
- (i) melhorar as práticas de ensino e aprendizagem;
- (ii) melhorar as ligacoes com o sector agricola;
- (iii) aumento da sustentabilidade e governacao da escola;
- (iv) aumento do envolvimento da comunidade, tornando a segurança alimentar e a resiliência climática mais amplos através da partilha de conhecimentos para além das paredes da escola e oferecendo modos alternativos de aprendizagem experimental aos estudantes;
- (v) estender o impacto do projecto para além do campus de Ocua influenciando melhoria curricular em outros TVETs. A Fase II será implementada na Comunidade de Ocua, Distrito de Chiúre, e espera beneficiar directamente mais de 30.000 pessoas, incluindo estudantes, licenciados, professores, gestores escolares, pequenos agricultores nas comunidades, e jovens deslocados residentes na região. Neste contexto, torna-se crucial avaliar até que ponto as mulheres serao empoderadas tanto na escola como na comunidade.
Resumo da Posição
- O(a) Assessor (a) de Género tem como responsabilidade principal assegurar a integração de género no desenho das estratégias de implementação dos projectos, na monitoria e avaliação do projectos incluindo a documentação de evidências de mudanças. O (a) Assessor(a) de Género ficará baseado(a) em Pemba, Cabo Delgado, Moçambique e será membro da equipa de gestão de projectos na região norte e também da equipa de sociedade civil. Trabalhará em parceria com a FCA e a Associação Progresso (parceiros de implementação) e será responsável por garantir que o projecto alcance todos os seus resultados de reforço da coesão social de forma sensível ao género nos distritos de Chiure, Metuge e Montepuez em Cabo Delgado; Marrupa e Majune em Niassa.
Principais Actividades e Responsabilidades
As responsabilidades específicas do(a) Assessor(a) de Género incluem os seguintes entregáveis:
- Realizar a análise de documentos estratégicos e programáticos dos projetos (relatórios, planos de ação, quadro de monitoria, etc.) com lentes de género;
- Conduzir uma avaliação sobre o status da igualdade de género nos comités de desenvolvimento de aldeias e outras organizações comunitárias e instituições próximas. Com base nessa avaliação, definir um plano de ação e metas para 2023 e 2024 para promover maior a igualdade de género (e empoderar as mulheres) nas instituições acima referidas;
- Liderar a implementação do plano de ação acima referido conforme necessário, de maneira inclusiva e participativa com as equipes dos projetos (desenvolver sessões de treinamento do pessoal, treinamento de treinadores, como a equipa de gestão dos projetos e facilitadores comunitários);
- Monitorar e analisar a evolução do género a nível provincial e nacional e ligação com outras partes interessadas, com vista a garantir que uma análise sólida de género informe a concepção de planos e a gestão da implementação dos projectos;
- Produzir materiais relevantes de treinamento de género para serem integrados nos “toolkits” de treinamento de facilitadores dos projectos e facilitar treinamentos para as equipas dos Projectos da AKF (Moz), da Associação Progresso e do governo sobre a integração de género/ sensibilidade a género na implementação, como tornar a programação de actividades responsiva e transformadora em termos de género ou outro tópico relevante relacionado a género;
- Assegurar a monitoria de indicadores de género e a documentação de histórias e resultados de género de acordo com as diretrizes estratégicas de género da AKF;
- Contribuir na produção de materiais de comunicação de género no âmbito do projecto; e
- Em estudos dos projectos, assegurar que os protocolo de estudo e instrumentos de coleta de dados captem as dinâmicas na vertente de género.[GM2] [HM3] [AM4]
Requisitos [GM5] [HM6] [GM7]
Académicas
- Ter o nível Superior na área de Estudos de Género, Ciências Sociais ou Políticas, ou outras relacionadas com a Sociedade Civil, Desenvolvimento Comunitário e Empreendedorismo Social (Pós-graduação é preferencial);
Experiência Profissional
- Ter pelo menos cinco (5) anos de e em assessoria de género na integração de género em projectos de desenvolvimento, especialmente na área do Desenvolvimento da Sociedade Civil;
- Experiência no desenvolvimento de estratégias de género, planificação e facilitação de treinamentos de género integradas em intervenções comunitárias;
- Ter uma experiência em desenvolvimento estratégico, desenvolvimento comunitário, fortalecimento da de capacidade de Organizações Baseadas nas Comunicades (OCBs), ONGs, descentralização distrital constitui uma vantagem;
- Sólidos conhecimentos de instrumentos nacionais e internacionais sobre a igualdade de género;
- Ter experiência de comunicar, estabelecer relações estratégicas com Governos Provincial e Distritais, Sociedade Civil e Sector Privado; e
- Ter experiência em coordenar com equipes de um consórcio para atingir os objectivos traçados.
Qualificações Pessoais
- Ter capacidade de trabalho em equipa e manter alta motivação do pessoal;
- Demonstrar grande interesse pela humanidade e desenvolvimento social;
- Ser capaz de organizar as ações de modo a que produzam os resultados definidos;
- Ter experiência como formador/ facilitador;
- Ter experiência de trabalho em zonas rurais (de preferência, em Cabo Delgado);
- Ser sociável e dinâmico;
- Estar disponível para viajar dentro e fora do país;
- Estar disposto para trabalhar sob grande pressão.
Habilidade Linguística
- Fluente em Português e Inglês;
- O Conhecimento duma das três línguas locais (Kimuani; Macua; Makonde) é uma vantagem.
Nota: “A AKF procura garantir que nenhum indivíduo associado à nossa organização, a qualquer título, seja submetido a quaisquer práticas que infrinjam a dignidade humana e que as atividades sejam conduzidas de acordo com os mais altos padrões de honestidade, integridade e profissionalismo.”
Exigências
- Carta de Candidatura;
- Curriculum Vitae.